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Uma Visão sobre Freud – “A Pulsão e Seus Destinos” (1915)

Uma Visão sobre Freud – “A Pulsão e Seus Destinos” (1915)

 

Carla Cristina de Godoi Guimarães 

Membro do Programa de Formação

 

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Freud, um médico neurologista, em uma época onde prevaleciam na sociedade os conceitos fundamentados em observação e estudos fenomenológicos, buscou, com a formulação deste artigo de 1915, “A Pulsão e Seus Destinos”, ampliar o pensamento científico, contextualizando e relacionando ao que lhe era conhecido na fisiologia, os “estímulos nervosos”, a um novo fenômeno observável em seus atendimentos, de forma empírica, a fim de conceituá-lo como primordial à ciência psicanalítica, o que chamou de instinto, em suas palavras “um estímulo para a psique”, e que, a posteriori, convencionou-se na Psicanálise freudiana como pulsão.

A pulsão, caracterizada por Freud como uma força intrínseca constante na psique do indivíduo, de origem interna e irredutível às fugas, ao contrário dos estímulos nervosos cerebrais, oriundos em sentido oposto, de fora para dentro, os quais seriam resolvidos com reações musculares, ações de alívio do desprazer gerado externamente, imporia então ao sistema nervoso tarefas bem mais complexas e soluções possíveis, para dominar/satisfazer os tais estímulos desconfortáveis gerados internamente, e assim aliviar a fonte de desprazer pulsional, uma vez que, em sua constância, seria impossível eliminá-la completamente.

Uma vez que Freud, à frente do seu tempo, observou que somos seres integrados, observou que as pulsões, os “estímulos para a psique”, estariam no limite entre o corpo e a alma, e, portanto, haveria ligação somática entre uma pulsão psíquica e o corpo físico, considerando alguns termos para conceitualizar a pulsão, sendo eles: impulso, meta, objeto e fonte da pulsão.

Descreverei, brevemente, as características supramencionadas, como sendo:

– Impulso: relacionado à atividade inata da pulsão.

– Meta: relacionado à satisfação, objetivo, alívio/diminuição do estímulo desprazeroso.

– Objeto: parte do corpo, veículo pelo qual a meta poderia ser alcançada, variável, passível de satisfação de uma ou mais pulsões, pulsões estas que se fixaram nele para atingir sua meta.

– Fonte da pulsão: processo somático, originário em um órgão ou parte do corpo, diferenciada quantitativamente e pelas funções dos variados órgãos que acomete, com a ressalva de que, na psique, só poderia ser reconhecida através da meta atingida.

Freud nos mostra que, prioritariamente, as pulsões teriam funções sexuais (através da observação clínica das neuroses de transferência, a saber, histeria e neurose obsessiva), e de autopreservação (Eu), partindo do biológico para o psíquico, nos trazendo as seguintes compreensões sobre o conflito entre pulsões sexuais e pulsões do Eu:

– Eu/indivíduo como principal, sexualidade como ocupação secundária do Eu/necessidade fisiológica;

– Sexualidade (geracional/imortal) como principal, sendo o Eu secundário, apenas o instrumento para a perpetuação da espécie.

No que tange aos destinos das pulsões, Freud nos afirma que seriam:

1. A reversão das pulsões no seu oposto, transformação de estímulos ativos em estímulos passivos, trocando a meta, de ativa para passiva, atentando para o fato de que a reversão não é total, o que dá margem à ambivalência, o caráter primevo do sadismo originário (ativo) não se perde, mas passa a alternar com o caráter masoquista (passivo).

2. O retorno da pulsão contra o próprio indivíduo, alterando assim o objeto, do externo (outro), para o interno (si próprio), mantendo, porém, inalterada a meta de alcançar a satisfação através do alívio e diminuição da excitação angustiosa.

3. A repressão das pulsões, como mecanismo de defesa ao intolerável à consciência, que incorre na repetição contumaz da tentativa de retorno das mesmas pulsões à consciência, através, por exemplo, do chamado “retorno do reprimido”, pela via de sonhos, lapsos de memória, atos falhos, chistes, sintomas, fobias, neuroses de transferência.

4. A sublimação das pulsões, transformando pulsões destrutivas em socialmente úteis e elevadas, mecanismo de defesa mais maduro e salutar.

Esta brilhante obra freudiana foi um marco que trouxe luz à ciência psicanalítica, ainda em seus primórdios, tornando-a mais crível à sociedade médica, um trabalho robusto, sustentável, quando Freud ainda trabalhava na primeira tópica com os conceitos de Consciente, Pré-Consciente, Inconsciente, expandindo o caminho para que Freud evoluísse para a segunda tópica, com os conceitos de Id, Ego e Superego, que caracterizam a ciência psicanalítica atual, e tudo isto através da minuciosa e exímia observação e contundente trabalho deste revolucionário médico neurologista, que viria a ser assim considerado na contemporaneidade, o “pai” da Psicanálise.

Bibliografia: 

FREUD, Sigmund. A Pulsão e Seus Destinos. Ano de Publicação: 1915.

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